Pessoas com plaquetas baixas (trombocitopenia) devem adotar algumas medidas específicas para manejar essa condição e minimizar riscos. Aqui estão algumas orientações detalhadas para você que vive com plaquetas baixas.
1. Monitoramento Regular
- Consultas Médicas: Faça consultas regulares com seu hematologista para monitorar os níveis de plaquetas e ajustar o tratamento conforme necessário.
- Exames de Sangue: Realize exames de sangue periódicos para acompanhar a contagem de plaquetas, função hepática e renal;
2. Cuidados com a Alimentação
- Dieta Balanceada: Mantenha uma dieta saudável e equilibrada rica em vitaminas e minerais essenciais, como a vitamina B12, ácido fólico e ferro.
- Evite Álcool: O consumo de álcool pode afetar negativamente a produção de plaquetas.
- Suplementos: Se necessário, tome suplementos vitamínicos caso tenha alguma deficiência.
3. Prevenção de Sangramentos
- Cuidado com Cortes e Contusões: Evite atividades que possam causar cortes ou contusões. Use equipamentos de proteção, como luvas e capacetes, quando necessário.
- Produtos de Higiene: Use escovas de dentes macias e evite o uso de fio dental agressivo para prevenir sangramentos gengivais.
- Medicamentos: Informe-se sobre medicamentos que podem aumentar o risco de sangramento, como aspirina e anti-inflamatórios, e consulte seu médico antes de usá-los.
4. Evite Situações de Risco
- Atividades de Alto Impacto: Evite esportes e atividades de alto impacto que possam levar a quedas ou lesões. Evite esportes de contato, prefira atividades como hidroginástica, pilates, musculação.
- Cirurgias e Procedimentos Invasivos: Informe sempre os profissionais de saúde sobre sua condição antes de qualquer procedimento invasivo.
5. Tratamentos e Terapias
- Medicamentos: Siga rigorosamente as prescrições médicas. Alguns medicamentos, como corticosteroides, podem ser usados para aumentar a contagem de plaquetas. Outros remédios devem ser evitados pois pioram a plaquetopenia.
- Transfusões: Em casos graves e que se necessite aumento rápido dos níveis de plaqueta pode ser necessário realizar transfusões de plaquetas.
- Terapias Alternativas: Discuta com seu médico a possibilidade de terapias alternativas que podem auxiliar no manejo da trombocitopenia.
6. Reconheça os Sinais de Alerta
- Sintomas de Sangramento: Esteja atento a sintomas como manchas roxas na pele (petéquias), sangramento nasal frequente, sangramento nas gengivas e menstruação excessiva.
- Procure Atendimento Médico: Em caso de sangramentos difíceis de controlar ou outros sintomas preocupantes, procure atendimento médico imediatamente.
7. Estilo de Vida Saudável
- Exercício Físico Moderado: Pratique exercícios físicos de baixo impacto, como caminhadas, yoga ou natação, para manter o corpo ativo sem aumentar o risco de lesões.
- Controle de Estresse: Gerencie o estresse através de técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios de respiração, já que o estresse pode afetar a saúde geral.
8. Educação e Apoio
- Informação: Eduque-se sobre a condição e mantenha-se atualizado sobre novos tratamentos e recomendações.
- Apoio Emocional: Busque apoio emocional através de grupos de suporte ou terapia, se necessário. Compartilhar experiências com outras pessoas que têm a mesma condição pode ser reconfortante.
>> Medicamentos a serem evitados para pacientes com plaquetas baixas:
1. Medicamentos Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs)
- Aspirina (Ácido Acetilsalicílico)
- Ibuprofeno
- Naproxeno
- Cetoprofeno
- Diclofenaco
- Nimesulida
- Toragesic
2. Anticoagulantes e Antiplaquetários
- Varfarina
- Heparina
- Clopidogrel
- Rivaroxabana
- Tirofiban
3. Medicamentos gerais
- Certos Antibióticos: como penicilinas, cefalosporinas, sulfonamidas, linezolida, rifampicina, levofloxacino, tazocin, vancomicina e bactrim podem causar reações adversas nas plaquetas.
- Antimalárico como quinina – é a medicação que mais causa plaquetopenia.
- Antiarritmicos: Amiodarona, Bisoprolol, propranolol, Diltiazem.
- Quimioterápicos: muitos medicamentos usados em quimioterapia podem causar redução na contagem de plaquetas. Entre eles, oxaliplatina, fludarabina, Pembrolizumab.
- Antidepressivos: amitriptilina, clorpromazina, mirtazapina, quetiapina, haloperidol.
- Anticonvulsivantes: como valproato de sódio, fenitoína, carbamazepina.
- Algumas vacinas: vacina para sarampo-caxumba-rubeola e vacina de Influenza inativada também podem causar plaquetopenia.
- Outros: Estatinas, contraste radiografico, alguns anti-hipertensivos.
4. Medicamentos Fitoterápicos e Suplementos
- Ginkgo Biloba
- Gengibre
- Cebola
- Alho
- Omega 3
- Chá de hibisco
- Suco de cramberry
- Leite de vaca
- Tahini
- Hervas de medicina tradicional chinesa
- quinino (encontrado na água tônica)
Cuidados ao Usar Medicamentos
- Consultar o Médico: Sempre consulte seu médico antes de iniciar ou interromper qualquer medicação. Eles podem recomendar alternativas seguras ou ajustes na dosagem.
- Monitoramento: Se precisar usar algum desses medicamentos, seu médico pode decidir monitorar sua contagem de plaquetas e função de coagulação com mais frequência.
- Interações Medicamentosas: Informe seu médico sobre todos os medicamentos, suplementos e fitoterápicos que você está tomando para evitar interações prejudiciais.
Alternativas
- Analgesia e Anti-inflamatórios Seguros: Paracetamol e dipirona em doses recomendadas pode ser uma opção mais segura para dor e febre, mas sempre sob orientação médica.
- Terapias Não Farmacológicas: Considerar analgesia com bolsas de agua morna, fazer fisioterapia associada a exercícios de baixo impacto, utilizar técnicas de relaxamento e outras abordagens para manejo da dor e inflamação.
Essas medidas ajudam a minimizar o risco de complicações associadas à plaquetopenia.
Como posso aumentar minha contagem de plaquetas rapidamente?
Introduzir alimentos ricos em ferro, ácido fólico, vitamina b12 ajudam tanto na produção de hemáceas quanto de plaquetas. Ademais, ajudam a fortalecer o sistema imunológico.
Alguns alimentos que podem ajudar a aumentar a contagem de plaquetas incluem carne bovina, fígado, ovos, amêijoas, manga, abacaxi e laranja, entre outros.
Lembre-se de que cada caso é único e é crucial seguir as orientações do seu médico para o tratamento e manejo da trombocitopenia.