Dra. Natalia Fumagalli

O hematologista é o médico especializado no cuidado das células presentes no sangue, dos órgãos que produzem o sangue, que é a medula óssea, além de órgãos chamados linfoides, que fazem maturidade das células imunológicas, que são baço, timo, e linfonodos.

hemamtologista

O que o hematologista vê no sangue?

Quando o hematologista analisa o hemograma, temos a separação em 3 partes:

  • 1.Eritrocitos / Glóbulos vermelhos:

São as células que carregam o oxigênio para todo nosso organismo, mantendo a vitalidade dos nossos órgãos. Diversas doenças causas alterações nos glóbulos vermelhos, o mais comum é a anemia.

  • 2. Leucócitos

São células diversas, originadas da medula ossea, que tem como função principal garantir nossa imunidade. Temos eosinófilos, basófilos, monócitos, mas os principais são Neutrofilos e Linfocitos. Qualquer tipo de infecção pode alterar os níveis dos leucócitos.

  • 3. Plaquetas

São células também produzidas pela medula óssea que tem como principal função dar início ao controle de um sangramento e manter nossos vasos sanguíneos livres de lesões. Qualquer trauma, escoriação ou ate mesmo punção de uma veia, as plaquetas estarão recrutadas no ambiente formando um tampão para evitar saída de sangue e promover a reparação dos tecidos danificados.

O Papel da Dra Natália na avaliação do hemograma:

Dra Natália Fumagalli é uma dedicada hematologista, tendo atendido um dos maiores ambulatórios de anemia do Brasil. Ela é membro da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e especializada em transplante de medula óssea.

Por meio de seu consultório em Sinop, Dra Natália realiza pesquisa de alterações no sangue através da análise detalhada da saúde do paciente bem como seu histórico e medicações em uso. Entendendo melhor o contexto do paciente, somente assim pode ser feito diagnóstico correto e empregado o tratamento ideal.

O objetivo da Dra Natália é otimizar a qualidade de vida dos seus pacientes. Por meio de intervenções individualizadas, desde mudanças na dieta e estilo de vida até terapias medicamentosas, ele ajuda os pacientes a controlar melhor sua condição e a evitar complicações.

Se você mora no norte do Mato Grosso e possui qualquer alteração no hemograma, não hesite em marcar uma consulta com ela.

Doenças que afetam globulos vermelhos

Níveis baixos de hemoglobina (menor que 13 em homens, e menor que 12 em mulheres) são necessários para o diagnóstico de anemia, e acarretam problemas de memória, cansaço, sonolência, palidez, tontura e sensação de desmaios, taquicardia e falta de ar.

Anemia:

A deficiência de glóbulos vermelhos é um disturbio comum e com diversas causas. A causa mais comum de anemia no mundo ainda é a deficiência de ferro, porém não é a única. Crianças, gestantes e lactantes estão sujeitos a desenvolver anemia por deficiencia de ferro. A anemia na infância acarreta prejuízos no aprendizado, levando atraso no desenvolvimento.

Existem anemias familiares, genéticas, essas presentes desde 1º ano de vida. Muitas delas não necessitam tratamentos, mas sim acompanhamento. Existem ainda anemias causadas por disfunções imunológicas que levam destruição indevida dessas células, as chamadas anemias hemolíticas imunes.

Pode ocorrer anemia também como consequência de doenças inflamatórias, problemas renais, infecções crônicas, entre outros. Para tal, é sempre importante analisar o paciente como um todo a fim de encontrar quais possíveis causas. A anemia em si não deve ser vista como uma doença, e sim como um sintoma de algum outro problema.

Policitemia:

É o contrário de anemia, justamente pelo excesso de glóbulos vermelhos, que também acarretam problemas. Quando os níveis hemoglobina estão acima de 16 em mulheres e 16,5 em homens, ocorre risco de tromboses devido a maior dificuldade do sangue em circular, e os sintomas são principalmente cefaleia, turvação visual, alterações sensibilidades nas mãos e pés com alteração no tom da pele, que fica anormalmente mais avermelhada.

O excesso de hemoglobina pode estar relacionado ao uso de estimulantes (reposição de hormônios por exemplo), produção anormal de eritropoetina pelos rins, rins policísticos, habitar locais muito altos que induzem baixa oxigenação, tabagismo, doenças pulmonares, doenças cardíacas cianóticas, além de distúrbios da própria produção na medula óssea como a policitemia vera.

Doenças que afetam leucocitos

Neutrófilos:

 Os neutrófilos são células que funcionam como combatentes iniciais de uma infecção. Quando há uma infecção ou inflamação, os neutrófilos são recrutados para o local afetado, onde ajudam a combater os microrganismos invasores e destruindo-os.

Pacientes com neutrófilos baixos tendem a ter mais infecções por bactérias e fungos, o que pode ser grave já que é a primeira célula recrutada no combate. As vezes infecções extensas, pelo próprio consumo dessas células, causam queda dos neutrófilos, porém transitória e reversível.

 Linfócitos:

São células responsáveis por regular o sistema imunológico, induzir a morte de células anormais, e também de criar uma memória imunológica com produção de anticorpos guiados de acordo com o vírus/bactéria que tiver contato. É através dos linfócitos que temos imunidade pelas vacinas que recebemos. São células que precisam contato com agentes externos para ficarem maduros, e ficam maduros somente após passarem pelo Timo, Linfonodos e Baço.

Distúrbios nos linfócitos ou nos órgãos linfoides também nos deixam suscetíveis a infecções, as vezes brandas, as vezes até situações incompatíveis com a vida.

Doenças virais cursam com diminuição ou aumento dos linfócitos. Infecções bacterianas graves podem fazer neutrófilos ficarem mais altos ou até mais baixos. Nesses casos, observa-se que quanto mais grave uma infecção, maior tendencia de termos níveis baixos das células por seu consumo durante o combate. Após resolução da infecção, tende a se normalizar dentro de alguns dias.

No entanto, leucócitos muito altos ou muito baixos devem ser investigados! Condições como leucemias, mielofibrose, mielodisplasia, linfomas, alterações no baço podem causar essas alterações, as vezes de maneira súbita, as vezes gradual. Por isso, na consulta medica, sempre traga mais de um hemograma.

Doenças que afetam plaquetas

Plaquetopenia:

Pacientes com plaquetas baixas tendem a ter sangramentos chamados mucosos – isto é, acometendo pele (hematomas), gengivas, nariz, boca, menstrual e até mesmo anal. Na maioria das vezes o sangramento ocorre em boca e nariz, autolimitado, porém com duração maior que o esperado.

Na pele, além dos hematomas não relacionados a traumas, é comum pequenas pintas vermelhas que surgem em regiões onde o sangue tem maior pressão como nos pés. Também podem aparecer em locais onde houve algum trauma, como até mesmo um manguito de aferir pressão arterial.

No geral, plaquetas entre 50 a 149 mil são suficientes para maioria das atividades que exercemos, acarretando em riscos reais de sangramentos graves quando abaixo de 20-10 mil.

As causas de plaquetopenia variam entre causas genéticas, presentes desde nascimento, causas imunológicas, como a PTI (purpura trombocitopenia imune), que surgem durante a fase adulta. Algumas medicações (como anticonvulsivantes e anti-inflamatórios) podem também afetar a produção de plaquetas.

Podem ocorrer níveis baixos de plaquetas de maneira transitória decorrente de infecções como dengue (que geram também uma destruição imune), consumo por tromboses extensas, como a síndrome do coágulo retido, inflamações graves, doenças reumatológicas, infecções disseminadas, e por fim “sequestro” por um baço anormalmente aumentado.

Trombocitose:

É o nome dado para plaquetas altas, isto é, quando seus níveis ultrapassam 450 mil. Existem condições benignas que levam aumento das plaquetas, como infecções, inflamações, deficiência de ferro, entre outras. São defeitos transitórios e as plaquetas tendem a se normalizar com a correção do problema.

No entanto, quando as plaquetas ficam persistentemente altas, podem gerar os seguintes sintomas: coceira exagerada na pele após banho, cansaço, dormência nas mãos e nos pés, tonturas ou vertigens.

O risco de trombose não se dá exclusivamente pelo nível das plaquetas, inclusive quando seus níveis ultrapassam 1milhão, aumenta-se o risco de sangramento espontâneo por plaquetas disfuncionais.

Por isso, é importante analisar alterações genéticas que traduzem realmente o risco de desenvolvimento de trombose desses pacientes, uma vez que somente o nível das plaquetas não é suficiente. Doença arterial aterosclerótica é outro fator crucial na avaliação desses pacientes.

E ai, como está o seu hemograma??

O mais importante, antes mesmo do seu exame, é como você esta!

Diante qualquer sintoma aqui assinalado, procure um medico especializado.

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