Dra. Natalia Fumagalli

A ferritina é uma proteína presente no organismo que atua como medidor inflamatório e também como armazenamento do ferro no corpo, liberando-o de maneira controlada. Mede de maneira indireta o estoque de ferro no nosso organismo. Quando temos ferritina alta no sangue, várias condições podem estar associada, desde inflamações a excesso de ferro.

Por que medir a ferritina?

Níveis altos de ferritina podem sugerir os seguintes problemas:

  • Excesso de ferro (como hemocromatose ou sobrecarga 2ª a hemolíse ou transfusões)
  • Doença hepática
  • Doenças inflamatórias (artrite reumatóide, artrite de Still, entre outras)

Resultados

O valor de referência para ferritina é:

  • Homem: 24 to 330
  • Mulher: 11 to 300

Ferritina alta

Podem ser causadas por diversas causas.

  1. Inflamação ou infecção: Doenças inflamatórias crônicas ou infecções agudas podem elevar os níveis de ferritina, pois ela é uma proteína de fase aguda.
  2. Doenças hepáticas: Condições como hepatite, cirrose e fígado gorduroso podem aumentar os níveis de ferritina devido ao armazenamento excessivo de ferro no fígado.
  3. Síndrome metabólica: Inclui obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia, que podem estar associadas a níveis elevados de ferritina.
  4. Anemias hemolíticas: Destruição aumentada de glóbulos vermelhos pode liberar ferro, elevando os níveis de ferritina.
  5. Hemocromatose: Um distúrbio genético que causa a absorção excessiva de ferro dos alimentos, resultando em depósitos de ferro nos órgãos.
  6. Transfusões de sangue frequentes: Podem aumentar o ferro no corpo, refletido em níveis elevados de ferritina.
  7. Alcoolismo: O consumo excessivo de álcool pode danificar o fígado e aumentar os níveis de ferritina.
  8. Câncer: Certos tipos de câncer, como linfoma e leucemia, podem estar associados a níveis elevados de ferritina.
  9. Doenças autoimunes/inflamatórias: Como artrite reumatoide e lúpus, podem causar elevações devido à inflamação crônica.

Se você tem níveis elevados de ferritina, é importante consultar um médico para determinar a causa subjacente e iniciar o tratamento adequado. O hematologista é especialista neste tipo de alteração.

A causa mais frequente de ferritina alta é a esteatose hepática, isto é, fígado gorduroso.

A gordura nas células do fígado gera um processo inflamatório crônico, fazendo a ferritina aumentar. Além disso, a Gordura no Fígado pode progredir para hepatite não alcoolica, onde a inflamação fica ainda mais exagerada, levando a destruição de células do fígado.

A inflamação crônica do fígado pode levar a cirrose. Inlcusive, a doença hepática gordurosa é hoje em dia a causa número 1 de cirrose em países desenvolvidos. No Brasil, a cirrose por causa gordurosa vem aumentando cada vez devido hábitos sedentários da população.

Ao ter o diagnóstico de doença gordurosa hepática, é importante adotar algumas medidas que ajudem a reverter esse depósito de gordura e prevenir que gordura se acumule no fígado novamente. Para isso, é importante cuidar da dieta, do peso, praticar exercícios físicos e controlar o colesterol.

O Papel da Dra Natália na pesquisa da ferritina elevada:

Dra Natália Fumagalli é uma dedicada hematologista, com mais de 5 anos de experiência no campo. Ela é membro da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e especializada em transplante de medula óssea.

Por meio de seu consultório em Sinop, Dra Natália realiza pesquisa de elevação de ferritina através da análise detalhada da saúde hepática bem como na pesquisa alterações genéticas quando indicado. Entendendo melhor qual causa da ferritina elevada, somente assim pode ser empregado o tratamento correto.

A abordagem personalizada do Dra Natália para o manejo da ferritina elevada não só aumenta a eficácia do tratamento, mas também melhora a qualidade de vida dos pacientes. Por meio de intervenções individualizadas, desde mudanças na dieta e estilo de vida até terapias medicamentosas, ele ajuda os pacientes a controlar melhor sua condição e a evitar complicações.

Se você mora no norte do Mato Grosso e possui anemia, não hesite em marcar uma consulta com ela.

Para agendar uma consulta em uma clínica é importante saber quais são as opiniões de outros pacientes que já consultaram com o médico. 

Como tratar a gordura no fígado?

  1. Mantenha um peso saudável: A obesidade leva acúmulo de gordura no fígado, propiciando a doença hepática gordurosa. Tente manter peso proximo do normal.
  2. Limite o consumo de açúcar e carboidratos: O excesso de açúcar é metabolizado em gordura sendo também armazenado no fígado. Reduza a ingesta de carboidratados e evite açúcar refinado.
    Trocar fontes de gordura saturada – como manteiga, cortes gordurosos de carne, salsichas e carnes curadas – por fontes de gordura insaturada – como abacate, azeite, manteiga de nozes e peixes.
  3. Adote uma dieta saudável para o fígado: Intruza alimentos ricos em anti-oxidantes como frutas, legumes, peixes. Folhas verdes como couve e espinafre são anti-oxidantes potentes.
    O consumo de café regularmente reduz o nível de inflamação e reduz risco de fibrose no fígado.
    Legumes como lentilhas, grão de bico, soja e ervilhas contêm amidos resistentes que ajudam a melhorar a saúde intestinal.
  4. Evite o consumo excessivo de álcool: O alcool é um irritativo para o fígado, uma vez que é que o fígado quem o metaboliza. Uma vez que o fígado gorduroso já está inflamado, o uso concomitante de alcool piora essa situação, facilitando a instalação de uma hepatite.
  5. Pratique atividade física regularmente: A atividade física melhora o colesterol, os triglicérides, que interferem no desenvolvimento de gordura no fígado. Atividades aeróbicas são muito indicadas para elevar as defesas do organismo e fortalecer a saúde do fígado. Pode ser feito caminhadas, corridas, natação. Quanto maior a intensidade, maior a chance de eliminar o excesso de gordura no fígado além de promover o perfeito funcionamento do órgão. A recomendação mínima de exercício físico aeróbicos em adultos é 150 minutos por semana.

Que alimentos podem ajudar a reparar o fígado gorduroso?

  • espinafre e outras folhas verdes
  • salmão, sardinha, atum, truta e outros peixes ricos em ácidos graxos ômega-3
  • aveia e outros alimentos ricos em fibras
  • nozes
  • açafrão e curcumina
  • sementes de girassol e outras fontes de vitamina E
  • alho

Evite quando possível

  • Álcool: O álcool pode ser uma das principais causas de doença hepática gordurosa, bem como de outras doenças hepáticas.
  • Açúcar adicionado: Evite alimentos açucarados como doces, biscoitos, refrigerantes e sucos de frutas. O açúcar elevado no sangue aumenta a quantidade de acúmulo de gordura no fígado.
  • Alimentos fritos: são ricos em gordura e calorias.
  • Sal adicionado: Consumir muito sal pode aumentar o risco de DHGNA. É recomendado limitar a ingestão de sódio a menos de 2.300 miligramas por dia. Pessoas com pressão alta devem limitar a ingestão de sal a não mais que 1.500 mg por dia
  • Pão branco, arroz e macarrão: A farinha branca é normalmente altamente processada e os itens feitos com ela podem aumentar o açúcar no sangue mais do que os alimentos feitos com fatinha integral devido à falta de fibras.
  • Carne vermelha: carne bovina e suína são ricas em gordura saturada. Carnes altamente processadas, em geral, também devem ser limitadas, pois são ricas em sódio e gordura saturada

Hemocromatose

A hemocromatose é uma doença genética caracterizada pelo acúmulo excessivo de ferro no organismo. Pacientes com essa condição geralmente tem ferritina maior que 1000, e apresentam familiares que compartilham o mesmo problema.

O Que é Hemocromatose?

  • Definição: A hemocromatose é uma condição em que por um erro genético, o organismo absorve mais ferro que necessário, e consequentemente armazena mais ferro do que o necessário. Esse excesso de ferro pode ser depositado em vários órgãos, inicialmente no fígado, porém alcançando também coração, pâncreas, testículo ou ovários, articulações.
  • Tipos: A mais comum é a hemocromatose hereditária (ou genética), mas também existem formas secundárias, que podem ser causadas por outras doenças ou fatores, como transfusões frequentes de sangue.

Sintomas

Iniciais: Fadiga, fraqueza, dores nas articulações, perda de peso.

Avançados: Danos aos órgãos devido ao acúmulo de ferro, como cirrose hepática, diabetes, insuficiência cardíaca e alterações na cor da pele (pigmentação bronzeada ou acinzentada).

Diagnóstico

  • Exames de Sangue: Níveis altos de ferritina (proteína que armazena ferro) e saturação de transferrina superior a 50% (proteína que transporta ferro).
  • Teste Genético: Pode confirmar a presença de mutações nos genes que causam a hemocromatose hereditária.
  • Biópsia Hepática: Em alguns casos, uma amostra de tecido hepático pode ser examinada para verificar o acúmulo de ferro e os danos ao fígado.
  • Ressonancia Magnética: estima de maneira não invasiva a quantidade de ferro presente no fígado. Níveis persistentemente elevados de ferritina indicam também a realização de Ressonância cardíaca para analisar quantidade de ferro presente no coração e risco de desenvolvimento de doença cardíaca pelo excesso de ferro.

Tratamento

  • Sangria: Procedimento para remover sangue periodicamente, ajudando a reduzir os níveis de ferro no organismo. Objetiva-se ferritina proxima de 100.
  • Quelantes de Ferro: Medicamentos que ajudam a remover o excesso de ferro através da urina. Pode ser utilizado via oral ou endovenoso, e em casos graves, até mesmoa associados.
  • Dieta: Evitar alimentos ricos em ferro e suplementos de ferro, além de limitar a ingestão de vitamina C (que aumenta a absorção de ferro) e álcool (que pode piorar os danos hepáticos).

Prevenção

  • Diagnóstico Precoce: Identificação e tratamento precoce podem prevenir complicações graves.
  • Monitoramento Regular: Pacientes diagnosticados devem realizar exames regulares para monitorar os níveis de ferro e a função dos órgãos.
  • Informação Familiar: Como a hemocromatose é genética, familiares de uma pessoa diagnosticada devem ser informados e, possivelmente, testados.

Considerações Importantes

Sem Cura, mas Controlável: A hemocromatose não tem cura, mas pode ser controlada eficazmente com tratamento adequado.

Impacto na Qualidade de Vida: Com manejo adequado, muitas pessoas com hemocromatose podem levar uma vida normal e saudável.

Saber reconhecer os sinais e sintomas precocemente e buscar orientação médica é essencial para evitar complicações sérias associadas ao acúmulo de ferro no corpo.

Consulte um médico hematologista para mais informações sobre sua ferritina!

Se eu problema é ferritina baixa, leia as informações presentes aqui.

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